segunda-feira, 15 de abril de 2013

15 de Abril - Dia consagrado a Deusa Bastet!


15 de Abril - Dia consagrado a Deusa Bastet!

Altar do Canto de Magia para Deusa Bastet 

Por volta 2.900 a.C. com a aparição do gato doméstico na África, mas precisamente no Egito, o felino,  tanto selvagem quanto doméstico  adquiriu  status de divino, devido ao fato de serem predadores naturais, que controlavam e protegiam os campos de agricultura do Nilo, dos roedores, pragas associadas desde os primórdios a destruições, desgastes, pobreza e etc. Sendo os campos banhados pelo Nilo a maior representação da força econômica do país, os gatos por eliminarem os riscos de destruição das plantações, passaram então a serem adorados por seu lado protetor, arisco, astuto e combatente a pobreza, logo, sendo associados a prosperidade e abundância.
Falando de forma simples, Bast poderia ser descrita como a Deusa Gata do Egito, aquela a quem o sol e a lua são sagrados.  Todavia, isso seria resumir a esta divindade tão complexa uma denominação demasiadamente básica.



Bastet ou Bast, é uma deusa da 2ª dinastia egípcia, seu centro de culto era Bubastis, cujo nome em egípcio — Per-Bastet — significa Casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas espalhadas pelo mundo.
Não foram encontrados e datados precisamente até hoje, o nascimento da Deusa Bastet, porém, existem inúmeros mitos que a cercam, desde a impiedosa  Deusa capaz de devorar homens para proteger sua ninhada – neste caso, entende-se por ninhada todos os seguidores da Deusa – até a sedutora mulher com cabeça de gata, que esbanja a sensualidade, graça e beleza felina. Em alguns estudos é descrita como a Deusa que via, escutava e controlava a alma e ações dos homens através de seus misteriosos olhos.
Seu mito se funde ao de Sehkmet, onde Bast é vista como a face amorosa e branda da enfurecida leoa.

Conta-se que após ter dizimado parte da humanidade, a Deusa Leoa, Sehkmet fora apaziguada e se transformara numa gata mansa. A terrível bebedora de sangue se transformara então em Bastet, bebedora de leite. O historiador Heródoto (aprox. 480-425 a. C.), falando de tais festas no templos egípcios , escreveu:
‘’ Os egípcios celebram todos os anos grande número de festas. A mais importante e cujo cerimonial é observado com maior zelo é a que se realiza em Bubastis. A vida em Bubastis por ocasião das festividades transforma-se por completo. Tudo é alegria, bulício e confusão. Nos barcos engalanados singrando o rio em todas as direções, homens, mulheres e crianças, munidos, em sua maioria, de instrumentos musicais, predominantemente a flauta, enchem o ar de vibrações sonoras, do ruído de palmas, de cantos, de vozes, de ditos humorísticos e, às vezes, injuriosos, e de exclamações sem conta. Das outras localidades ribeirinhas afluem constantemente novos barcos igualmente enfeitados e igualmente pejados de pessoas de todas as classes e de todos os tipos, ansiosas por tomar parte nos folguedos, homenagear a deusa e imolar em sua honra grande número de vítimas que trazem consigo e previamente escolhidas. Enquanto dura a festa, não cessam as expansões de alegria, as danças e as libações. No curto período das festividades consome-se mais vinho do que em todo o resto do ano, pois para ali se dirigem, segundo afirmam os habitantes, cerca de setecentas mil pessoas de ambos os sexos, sem contar as crianças. ‘’
Bastet portanto, pode ser descrita como a Deusa Felina, que domina o Sol e a Lua, protege os lares, animais, mulheres grávidas, protetora da saúde humana, controla doenças, auxiliando na recuperação dos doentes, rege a dança, a arte, a beleza, sedução e música.
Bastet foi uma das mulheres e irmãs do deus Ra, Deus do Sol, com quem teve dois filhos Nefertum e Mihos. Uma lenda referia que Bastet acompanhava num barco por um milhão de anos, o Deus Rá em sua jornada diária através do céu, e que à noite ela lutava com o inimigo de Rá, a serpente Apep.
Os gatos, que obviamente também lhe são sagrados, passaram então a ser cultuados como sinal de boa sorte.





Através dos anos, arqueólogos encontraram na área correspondente a Bubastis,  cemitérios inteiros  de gatos mumificados e demais animais como espécie de adoração a Deusa.




Representada hora como uma mulher com cabeça de gato ou como um gato preto, de argola dourada na orelha e sistro aos seus pés, Bastet encanta com sua imponência.


Seus símbolos são colares, olho de Rá. Escaravelho, sistro e ankhe (também conhecida como cruz ansata), sua cor sagrada é o verde dos campos e o branco, que contém todas as cores em si. Os alimentos que lhes são sagrados compartilhando assim de sua energia, são o leite, o açafrão,  a canela e a baunilha.

 É aquela que vê no escuro, capaz de matar para proteger e ronronar para dar prazer, assim é Bastet, uma face presente em toda mulher, todo ser humano, aquela que defende o que lhe é mais precioso por instinto e com a mesma força destruidora encontra o equilíbrio em si mesma para ser a amabilidade a afabilidade.

Salve, Bast!



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