15 de Abril - Dia
consagrado a Deusa Bastet!
Altar do Canto de Magia para Deusa Bastet
Por volta 2.900 a.C. com a
aparição do gato doméstico na África, mas precisamente no Egito, o felino, tanto selvagem quanto doméstico adquiriu
status de divino, devido ao fato de serem predadores naturais, que
controlavam e protegiam os campos de agricultura do Nilo, dos roedores, pragas
associadas desde os primórdios a destruições, desgastes, pobreza e etc. Sendo
os campos banhados pelo Nilo a maior representação da força econômica do país,
os gatos por eliminarem os riscos de destruição das plantações, passaram então
a serem adorados por seu lado protetor, arisco, astuto e combatente a pobreza,
logo, sendo associados a prosperidade e abundância.
Falando de forma simples, Bast
poderia ser descrita como a Deusa Gata do Egito, aquela a quem o sol e a lua
são sagrados. Todavia, isso seria
resumir a esta divindade tão complexa uma denominação demasiadamente básica.
Bastet ou Bast, é uma deusa da 2ª
dinastia egípcia, seu centro de culto era Bubastis, cujo nome em egípcio —
Per-Bastet — significa Casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a
deusa-gata era adorada desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e suas
efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas
espalhadas pelo mundo.
Não foram encontrados e datados
precisamente até hoje, o nascimento da Deusa Bastet, porém, existem inúmeros
mitos que a cercam, desde a impiedosa
Deusa capaz de devorar homens para proteger sua ninhada – neste caso,
entende-se por ninhada todos os seguidores da Deusa – até a sedutora mulher com
cabeça de gata, que esbanja a sensualidade, graça e beleza felina. Em alguns
estudos é descrita como a Deusa que via, escutava e controlava a alma e ações
dos homens através de seus misteriosos olhos.
Seu mito se funde ao de Sehkmet, onde Bast é vista como a
face amorosa e branda da enfurecida leoa.
Conta-se que após ter dizimado parte da humanidade, a Deusa
Leoa, Sehkmet fora apaziguada e se transformara numa gata mansa. A terrível
bebedora de sangue se transformara então em Bastet, bebedora de leite. O
historiador Heródoto (aprox. 480-425 a. C.), falando de tais festas no templos egípcios
, escreveu:
‘’ Os egípcios celebram todos os
anos grande número de festas. A mais importante e cujo cerimonial é observado
com maior zelo é a que se realiza em Bubastis. A vida em Bubastis por ocasião
das festividades transforma-se por completo. Tudo é alegria, bulício e
confusão. Nos barcos engalanados singrando o rio em todas as direções, homens,
mulheres e crianças, munidos, em sua maioria, de instrumentos musicais,
predominantemente a flauta, enchem o ar de vibrações sonoras, do ruído de
palmas, de cantos, de vozes, de ditos humorísticos e, às vezes, injuriosos, e
de exclamações sem conta. Das outras localidades ribeirinhas afluem
constantemente novos barcos igualmente enfeitados e igualmente pejados de
pessoas de todas as classes e de todos os tipos, ansiosas por tomar parte nos
folguedos, homenagear a deusa e imolar em sua honra grande número de vítimas
que trazem consigo e previamente escolhidas. Enquanto dura a festa, não cessam
as expansões de alegria, as danças e as libações. No curto período das
festividades consome-se mais vinho do que em todo o resto do ano, pois para ali
se dirigem, segundo afirmam os habitantes, cerca de setecentas mil pessoas de
ambos os sexos, sem contar as crianças. ‘’
Bastet portanto, pode ser
descrita como a Deusa Felina, que domina o Sol e a Lua, protege os lares,
animais, mulheres grávidas, protetora da saúde humana, controla doenças,
auxiliando na recuperação dos doentes, rege a dança, a arte, a beleza, sedução
e música.
Bastet foi uma das mulheres e
irmãs do deus Ra, Deus do Sol, com quem teve dois filhos Nefertum e Mihos. Uma
lenda referia que Bastet acompanhava num barco por um milhão de anos, o Deus Rá
em sua jornada diária através do céu, e que à noite ela lutava com o inimigo de
Rá, a serpente Apep.
Os gatos, que obviamente também
lhe são sagrados, passaram então a ser cultuados como sinal de boa sorte.
Através dos anos, arqueólogos encontraram
na área correspondente a Bubastis, cemitérios inteiros de gatos mumificados e demais animais como espécie
de adoração a Deusa.
Representada hora como uma mulher
com cabeça de gato ou como um gato preto, de argola dourada na orelha e sistro
aos seus pés, Bastet encanta com sua imponência.
Seus símbolos são colares, olho
de Rá. Escaravelho, sistro e ankhe (também conhecida como cruz ansata), sua cor
sagrada é o verde dos campos e o branco, que contém todas as cores em si. Os
alimentos que lhes são sagrados compartilhando assim de sua energia, são o
leite, o açafrão, a canela e a baunilha.
É aquela que vê no escuro, capaz de matar para
proteger e ronronar para dar prazer, assim é Bastet, uma face presente em toda
mulher, todo ser humano, aquela que defende o que lhe é mais precioso por
instinto e com a mesma força destruidora encontra o equilíbrio em si mesma para
ser a amabilidade a afabilidade.
Salve, Bast!
ALGUNS LIVROS DIZEM QUE ELA É A FILHA DE RÁ.
ResponderExcluirSim es filha e esposa de Rá.
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