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Segunda-feira é dia das Almas e
também é dia Obaluaê que vem do Yorubá Obàlúwàiyé que quer dizer "Rei Senhor da
Terra".
O orixá Obaluaê é conhecido na
umbanda como o senhor das almas, tido como o médico dos pobres tanto no
candomblé quanto na umbanda.
Rege os dons da cura, das
transformações, bem como as doenças, o desencarne, o encaminhamento. Desta
forma, que dia mais apropriado para saudar o Rei senhor da Terra, que hoje?
Segunda, dia das almas!
Hoje falaremos um pouco sobre
este belo orixá, que nos auxilia no combate e proteção de doenças, sejam elas físicas
ou espirituais.
Diz a lenda, que varia muito
dentro do Candomblé e da Umbanda, sobre como nasceu Obaluaê, visto que no
Candomblé, dependendo da Nação sua forma de culto é diferenciada.
Obaluaê esta em ligação direta
com Omolu e Xapanã. Podendo inclusive
ser considerado o mesmo orixá, em diferentes fases de sua existência, dependendo
da forma de interpretação, pois como explicamos, cada Nação africana, cultuava os orixás de
sua forma própria, sendo algumas chamadas qualidades, sintetizadas em um só orixá, visto que o
conceito difundido de qualidades, para explicar a área de atuação de cada uma
das deidades, bem como suas características e formas de culto recebe o nome de
qualidade.
É possível perceber, que Obaluaê,
Omolu e Xapanã, dentre outras suas nomenclaturas, regem bem mais que as doenças
infecciosas e sua cura, eles regem o controle, a transmutação, em suas lendas
Obaluaê é descrito como um feiticeiro, que ao passar do tempo, quando se
transforma em Omolu, o velho sábio,
passa a controlar o tempo, o karma, a existência, bem como se torna
responsável por ‘’cortar’’ as doenças espirituais, os feitiços, os impedimentos
que adoecem o corpo e a alma.
Muito se teme a respeito deste
orixá, o que é compreensível, visto que ele é responsável pela saúde, pela
morte, e conhecido por ser implacável
sempre que julga necessário.
O arquétipo de Obaluaê,
corresponde ao de Chronos, senhor do tempo. O pai mais severo... saturno,
aquele que cobra dos filhos o seu máximo, que não aceita procrastinação,
atrasos, descaso, o desacato.
Desta forma, muito se teme, pouco
se pesquisa e menos ainda se difunde a beleza deste orixá.
Como pai, ainda que dos mais
severos, Obaluaê CUIDA, e é justamente por isso, que é uma deidade tão
importante, tanto para os religiosos de matriz afro, quanto além.
Não se precisa de um centro
espirita, de mesa, umbandista,
candomblecista, ou como é errônea e popularmente chamando ‘’ de macumba’’, para
ser protegido por este orixá, basta apenas o respeito.
O que não se pode faltar ao
tratar com todos os orixás/deidades/entidades é o respeito, o que acontece, é
que ao falarmos de Obaluaê este respeito deve ser redobrado!
Atotô Ajberu!
'' E nas mandingas que a gente não vê, mil coisas que a gente não crê, valei me meu pai, atotô, obaluaê!''
Este post é o primeiro de uma série preparada para o blog,
para toda segunda-feira ao longo do ano, contar um pouco a história e a religiosidade deste Orixá!
O próximo contará com lendas deste belíssimo orixá, não
percam!
Perfeito! Vcs estao de parabens!
ResponderExcluirBjs Fla